A cura do câncer no cocô dos gatos
- Cauê Oliveira
- 28 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Alguns gatos podem carregar consigo um parasita, mais precisamente um protista, que pode ser transmitido para os humanos, o Toxoplasmose gondii. O T. gondii causa a toxoplasmose em humanos cujos sintomas são uma febre muito parecida com uma gripe. Ao evoluir, se a pessoa tem uma imunidade baixa, a doença pode atingir o sistema nervoso e torna-se muito grave.

Vale lembrar que nem todos os gatos são hospedeiros do T. gondii. A infecção destes animais domésticos só vai ocorrer se eles comerem comida contaminada, como por exemplo carne crua que contenha os protistas em forma de resistência, os microcistos.
Ao analisar o ciclo de vida destes protozoários, um grupo de pesquisadores teve a ideia de modificar estes microrganismos com a finalidade para fazer um tratamento em ratos de laboratório.
O Toxoplasma gondii é um pouco diferente de outros parasitas comuns. Ele precisa entrar dentro da célula do animal hospedeiro e controlar a atividade desta célula para poder sobreviver e reproduzir-se. Especificamente, o protozoário causador da toxoplasmose controla os passos da resposta imunológica das células T.
Os cientistas retiraram alguns ácidos nucleicos (material genético) de protozoários em laboratório e criaram uma vacina capaz de estimular a produção de células de defesa CD8(+) T-helper. Estas células são as responsáveis no combate aos parasitas intracelulares ao estimular as células infectadas entrarem em apoptose, uma espécie de suicídio celular para salvar as outras células saudáveis.
O teste feito em ratos mostrou que eles tiveram uma vida mais longa e inclusive fizeram com que tumores diminuíssem, abrindo a possibilidade de criar uma vacina com estes protozoários transmitidos através do cocô dos gatos.
Para saber mais, leia o artigo completo: Targeting tumors with nonreplicating Toxoplasma gondii uracil auxotroph vaccines.
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